Depois, retornava à Karmann-Ghia (mais 10 km...), onde era feito o acabamento e montagem. Por fim, outra viagem (a quarta!) e o conversível era estocado no pátio da Ford.
A capota era importada da Alemanha e de alta qualidade. Abri-la era fácil: bastava soltar duas travinhas no quadro do para-brisa e empurrar a armação para trás. Uma cobertura de tecido dava o acabamento final ao teto recolhido.
Rodas tradicionais do Escort XR3 conversível. |
Mas a grande sofisticação é que a vigia traseira era realmente de vidro (e não de plástico transparente, como era comum). Trazia até desembaçador. No fim, a vedação contra água e poeira era muito boa - algo bem diferente do que estávamos acostumados a ver nos Puma da vida...
Tanto material extra acrescentava 64 kg ao carro: a versão conversível pesava uma tonelada, contra os 936 kg do XR3 convencional. Ou seja: ganhava-se a sensação de liberdade, mas o comportamento esportivo era prejudicado. Além disso, perdia-se em coeficiente aerodinâmico. O Cx de 0,39 do Escort normal original subia para 0,41 no conversível (com a capota fechada) ou 0,47 (com o teto aberto, dada a turbulência dentro da cabine).
Vale uma explicação a modo grosso: quanto maior o Cx, maior é a resistência do ar, que segura o automóvel. Sem falar que, por melhor que seja o material de isolamento térmico, o motorista de um conversível com a capota fechada sente mais calor do que outro dirigindo um carro comum.
Para piorar, os primeiros XR3 não traziam ar-condicionado nem como opcional (assim eram os anos 80!).
DIA 05/09 - PARTE 4 DA HISTÓRIA DO ESCORT XR3 CONVERSÍVEL
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