Peugeot Hoggar

A Peugeot quer participar de segmento das picapes pequenas, irá lançar no mercado a Peugeot Hoggar, nome da cadeia de montanhas existentes no deserto do Saara. Para diferenciar-se das concorrentes, listou o ideal, e cortou até chegar ao possível. Sobraram itens interessantes: tampa traseira suporta até 300 kg de peso; e retirável; cavas para subir à caçamba, extratoras do ar da cabine; trava para o pneu de estepe mal colocado sob a plataforma; esta, reta, sem a forma de ampulheta dos concorrentes. Mas, para viabilizar tais diferenças sem aumentar custo, aviou a atual fórmula francesa de fazer negócios com o Mercosul: uso de peças existentes, mesmo que antigas e inexistentes no país de origem. Mesclou plataformas: frente do 206/207 e posterior do furgão Partner, acostumada ao transporte de carga, sem torres no interior da caçamba, e ser maior em 50 cm relativamente à camioneta SW, facilita o transporte e concede o argumento da maior capacidade de carga: 742 kg, e volume, 1.151 litros na versão XLine; 660 kg na XR; 650 na Escapade. Dois motores, 1.4 – 80 e 82 cv, 12,8 kgmf de torque, e 1.6, 110 – 113 cv e 15,5 kgmf de torque, flex, e três padrões de decoração: básica, XR e Escapade. As primeiras, para suposto trabalho, motor 1.4, pneus de aro 14” em rodas de ferro, primeira e segunda marchas mais reduzidas. Na última, de lazer, motor 1.6 e aro 15”, rodas em liga leve, e a opção de almofadas de ar. Freios com ABS inexistem, trocados por antigo compensador de frenagem, gestor de pressão nos freios traseiros em relação ao peso sem e com carga. Um descompromisso em segurança. Tem o visual da marca: grandes grupos ópticos frontais e personalistas lanternas traseiras. Mas desenho, tamanho, forma e preço para reposição, dizem da aplicação: não será veículo de trabalho, pois qualquer dano será grande prejuízo; pela falta de bloqueio à intrusão de carga pelo vidro traseiro nas versões de menor preço; e pela altura livre do solo, 17,5 cm, pouco para uso em pisos irregulares.
Fonte:Webmotors.com